quarta-feira, 3 de julho de 2013

Sobre a festa ou a ressaca da mesma – não sei bem

Os portugueses têm medo de ser felizes, digo eu. Ter opiniões é coisa má, de desordeiros – os outros é que são desordeiros. Vivemos literalmente à sombra do passado – somos conservadores (graças a Deus): mantenha-se tudo como está, que isto mudar nunca dá bom resultado. E em vez de serem soluções a abrir telejornais, são os problemas. E as soluções? Estão na parte de trás do livro – que é como quem diz: basta ler os títulos. Mas convém não ler mais do que isso.

Em vez de procurarmos oportunidades, procuramos as falhas.

Hoje entre as 20h e 20h06 foi-me nítida como nunca dantes a expressão ditadura dos mercados – abrem todos os telejornais a mandar estatísticas para o ar: aumentam os juros porque cai o governo e de repende há a prova irrefutável de que não existe alternativa – nem se ouse falar nisso, a bem da nação (!); eleições? elas são um problema dizem os outros – e se assim é, ninguém acredita que elas sirvam para alguma coisa. Foi claro como nunca que a UE é uma miragem e que somos governados a partir da Alemanha, ou melhor, de onde estiver o raio da Chanceler.  Somos muito bem educados mas muito mal informados – quem são os jornalistas; como se faz e para que serve o jornalismo? Para pensar não é certamente e o futebol não se joga assim.


Foram provavelmente os 6 minutos mais impressivos da minha vida política. Se isto é uma democracia, eu quero outra. (Se não é, quero uma).

2 comentários:

  1. entao e os briefings q foram suspensos ate ser"esclarecida a situacao politica",mas os mesmos n eram pra esclarecer? que maduro me saiu este lomba!

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  2. Há uma infeliz coincidência entre o começo dos briefings e o começo das demissões, lá isso é verdade. Mas não mais do que isso. Pode ser que retomem nos próximos dias.

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