A sombra da cadeira onde te sentas prolonga-se,
Aumenta-te
enquanto o Sol continua a queimar
Não tens de ser a profundidade de um olhar,
A falsidade de um sorriso ou a insegurança de um toque leve
No peito.
Mesmo
com a mão quente,
A minha frieza arrepia-me os pelos dos braços.
A tua mão
perfura-me o peito,
Entra por ele e acaricia o que vive lá dentro.
As ruínas e os destroços que deixas no meio do
gelo a derreter
Afogam-me.
Eu não sou de gelo, sou de pedra.
Mas as gotas vão pingando, latejando e escrevendo história
Dia a dia,
vais-te cravando em mim.
Um dia vais poder preencher-me a fraqueza
Fraqueza que tu criaste no meio da força
Era a única forma que tinhas de apagar o vazio, de o preencheres.
De
me preencheres.
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