Nunca me deixa de surpreender Pessoa e o seu génio. Que foi poeta, e dos melhores que já tivemos, ninguém o discute. Que foi prosador, melhor ainda do que foi poeta, é o que acabará por se descobrir quando o homem um dia puder abandonar com o prazer de obra lida o Livro do Desassossego. Mas Pessoa não escreveu só; por exemplo, foi também inventor: um dos muitos rostos do seu génio que poucos conhecem. Transcrevo a seguir uma notícia do Diário de Notícias, datada de 30 de Novembro de 2005.
«Empreendedor e inventor
É
o Pessoa empreendedor e inventor, por vezes alucinante, que o escritor
António Mega Ferreira foi descobrir. E fê-lo pelo lado da sobrevivência
material, daquilo que o poeta chamava "não sem desconfiança a vida
prática", fazendo justiça ao "inultrapassável trabalho de João Rui de
Sousa" (Fernando Pessoa, Empregado de Escritório, Sitese, 1985). Sobre
as suas iniciativas comerciais, empresariais e em nome individual,
tratam os textos incluídos na obra Fazer pela Vida/Um Retrato de
Fernando Pessoa, o empreendedor (Assírio &Alvim).
Estuda-se neste livro, de leitura aliciante, o que foi "empreendimento seu, o de Pessoa, mesmo que sonhado (com os seus numerosos inventos)". Mega Ferreira fala daquele que foi algumas vezes até empresário, abordando outras suas tentativas para "fazer dinheiro".
A empresa Cosmópolis - que Zenith entende poder ter sido o primeiro nome da Olisipo -, é um impressionante exemplo da largueza de interesses de Pessoa. Tratava o projecto de informações diárias a propósito de câmbios, de partidas e chegadas de vapores, de viagens de comboio, de traduções, da montagem e realização de escritos, de buscas e trabalhos literários por encomenda, etc.
Quanto ao Pessoa inventor, refira-se a "carta-sobrescrito", que viria a popularizar-se na II Guerra Mundial, um carreto da máquina de escrever (na ilustração), um sistema de estenografia, um projecto de máquina para guardar papéis... O Pessoa editor não fica esquecido neste livro revelador.»
Lido em: http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=630476
Estuda-se neste livro, de leitura aliciante, o que foi "empreendimento seu, o de Pessoa, mesmo que sonhado (com os seus numerosos inventos)". Mega Ferreira fala daquele que foi algumas vezes até empresário, abordando outras suas tentativas para "fazer dinheiro".
A empresa Cosmópolis - que Zenith entende poder ter sido o primeiro nome da Olisipo -, é um impressionante exemplo da largueza de interesses de Pessoa. Tratava o projecto de informações diárias a propósito de câmbios, de partidas e chegadas de vapores, de viagens de comboio, de traduções, da montagem e realização de escritos, de buscas e trabalhos literários por encomenda, etc.
Quanto ao Pessoa inventor, refira-se a "carta-sobrescrito", que viria a popularizar-se na II Guerra Mundial, um carreto da máquina de escrever (na ilustração), um sistema de estenografia, um projecto de máquina para guardar papéis... O Pessoa editor não fica esquecido neste livro revelador.»
Lido em: http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=630476
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